A ONG Human Right Watch denunciou no seu relatório anual a forma como algumas democracias estabilizadas têm aceite os resultados eleitorais fraudulentos que se verificam em alguns países. “Ao deixarem que autocratas se apresentem como democratas, sem exigir-lhes o cumprimento dos direitos civis e políticos nos quais assenta a democracia, os E.U.A, a União Europeia e outras democracia influentes estão a pôr em risco os direitos humanos”, cita o relatório.
Segundo a Human Right Watch, em 2007, muitos países - nos quais se incluem a Birmânia, a Jordânia, a Nigéria, a Rússia e a Tailândia – agiram como se fossem democráticos, sem no entanto respeitarem os direitos humanos. “A Administração Bush tem falado frequentemente do seu compromisso com a democracia, contudo mantém-se em silêncio quanto ao desrespeito dos direitos humanos em alguns países”, adverte a ONG. E acrescenta: “ É muito fácil para os autocratas conseguirem manter democracias fachada, pois a única coisa que muitos dos governos ocidentais insistem é para haver eleições. Estes não põem pressão nenhuma sobre a questão dos direitos humanos, fundamental para o funcionamento de uma democracia.” O medo de perder acordos comerciais vantajosos e a luta contra o terrorismo são as causas apontadas como estando na origem deste silêncio ensurdecedor.
No relatório apresentado, a Human Right Watch avaliou a situação dos direitos humanos em mais de 75 países. O Chad, a Colômbia, a República Democrática do Congo, o Ogan na Etiópia, o Iraque, a Somália, o Sri Lanka, o Dafur no Sudão, bem como a Birmânia, a China, Cuba, a Eritrea, a Líbia, o Irão, a Coreia do Norte, a Arábia Saudita e o Vietnam foram considerados os locais no mundo onde o abuso dos mesmos é mais crítico. Na lista figuram ainda outros países – a França, os E.U.A, o Reino Unido, o Paquistão, entre outros – que em nome da guerra ao terror têm cometido várias violações neste domínio.
Os jogos olímpicos na China são também referidos no documento. Este evento mundial é visto pela organização como uma “oportunidade histórica para o governo Chinês mostrar ao mundo que pode fazer dos direitos humanos uma realidade para o seu bilião de habitantes.”
O relatório dá ainda a conhecer os abusos a que os suspeitos de terrorismo têm estado sujeitos por parte dos E.U.A, suscitando uma grande preocupação a este respeito. Os 275 indivíduos que se encontram detidos em Guantánamo sem qualquer acusação e a grande disparidade que existe entre o número de pessoas de cor detidas em prisões nos E.U.A e o número de brancos na mesma situação, sendo que os primeiros apresentam-se em número muito maior, são consideradas duas situações de extrema gravidade.
Outro aspecto importante focado pela Human Right Watch tem a ver com a falta de legitimidade que os E.U.A e outros aliados têm para falar em direitos humanos, uma vez que não podem servir de exemplo, dadas as sucessivas violações que têm cometido.
A ONG britânica não pôde também deixar de divulgar o facto da Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que tem como objectivos, entre outros, a promoção da democracia, dos direitos humanos e da segurança, ter aceite que o Cazaquistão faça, a partir de 2010, parte da mesma. Esta decisão ocorreu depois do partido dominante naquele país ter ganho todos os assentos na assembleia, nas eleições de Agosto do ano passado. De acordo com os próprios observadores da OCDE, no período eleitoral os media foram censurados e a oposição reprimida, além de se ter verificado falhas na contagem dos votos.
Relativamente aos desenvolvimentos positivos, o relatório fala de Alberto Fujimori e Charles Taylor, antigos presidentes do Peru e da Libéria. Ambos vão ser julgados pelo Tribunal Criminal Internacional ainda durante este mês.
Segundo a Human Right Watch, em 2007, muitos países - nos quais se incluem a Birmânia, a Jordânia, a Nigéria, a Rússia e a Tailândia – agiram como se fossem democráticos, sem no entanto respeitarem os direitos humanos. “A Administração Bush tem falado frequentemente do seu compromisso com a democracia, contudo mantém-se em silêncio quanto ao desrespeito dos direitos humanos em alguns países”, adverte a ONG. E acrescenta: “ É muito fácil para os autocratas conseguirem manter democracias fachada, pois a única coisa que muitos dos governos ocidentais insistem é para haver eleições. Estes não põem pressão nenhuma sobre a questão dos direitos humanos, fundamental para o funcionamento de uma democracia.” O medo de perder acordos comerciais vantajosos e a luta contra o terrorismo são as causas apontadas como estando na origem deste silêncio ensurdecedor.
No relatório apresentado, a Human Right Watch avaliou a situação dos direitos humanos em mais de 75 países. O Chad, a Colômbia, a República Democrática do Congo, o Ogan na Etiópia, o Iraque, a Somália, o Sri Lanka, o Dafur no Sudão, bem como a Birmânia, a China, Cuba, a Eritrea, a Líbia, o Irão, a Coreia do Norte, a Arábia Saudita e o Vietnam foram considerados os locais no mundo onde o abuso dos mesmos é mais crítico. Na lista figuram ainda outros países – a França, os E.U.A, o Reino Unido, o Paquistão, entre outros – que em nome da guerra ao terror têm cometido várias violações neste domínio.
Os jogos olímpicos na China são também referidos no documento. Este evento mundial é visto pela organização como uma “oportunidade histórica para o governo Chinês mostrar ao mundo que pode fazer dos direitos humanos uma realidade para o seu bilião de habitantes.”
O relatório dá ainda a conhecer os abusos a que os suspeitos de terrorismo têm estado sujeitos por parte dos E.U.A, suscitando uma grande preocupação a este respeito. Os 275 indivíduos que se encontram detidos em Guantánamo sem qualquer acusação e a grande disparidade que existe entre o número de pessoas de cor detidas em prisões nos E.U.A e o número de brancos na mesma situação, sendo que os primeiros apresentam-se em número muito maior, são consideradas duas situações de extrema gravidade.
Outro aspecto importante focado pela Human Right Watch tem a ver com a falta de legitimidade que os E.U.A e outros aliados têm para falar em direitos humanos, uma vez que não podem servir de exemplo, dadas as sucessivas violações que têm cometido.
A ONG britânica não pôde também deixar de divulgar o facto da Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que tem como objectivos, entre outros, a promoção da democracia, dos direitos humanos e da segurança, ter aceite que o Cazaquistão faça, a partir de 2010, parte da mesma. Esta decisão ocorreu depois do partido dominante naquele país ter ganho todos os assentos na assembleia, nas eleições de Agosto do ano passado. De acordo com os próprios observadores da OCDE, no período eleitoral os media foram censurados e a oposição reprimida, além de se ter verificado falhas na contagem dos votos.
Relativamente aos desenvolvimentos positivos, o relatório fala de Alberto Fujimori e Charles Taylor, antigos presidentes do Peru e da Libéria. Ambos vão ser julgados pelo Tribunal Criminal Internacional ainda durante este mês.
Sem comentários:
Enviar um comentário